A fisiologia do exercício é o estudo científico das respostas e adaptações fisiológicas e metabólicas que ocorrem no corpo durante e após o exercício. Envolve a análise da resposta do corpo a várias atividades físicas, incluindo treinamento aeróbio e força e potência muscular, bem como o estudo dos efeitos do exercício físico nos sistemas do corpo, como os sistemas cardiovascular, respiratório, musculoesquelético e metabólico.
Outro grande papel que a fisiologia do exercício desempenha é na prática clínica da medicina esportiva. A pesquisa em fisiologia do exercício tem identificado efeitos importantes do exercício físico nos sistemas fisiológicos, tecidos e células do corpo. As pesquisas investigam também o papel do exercício físico em processos subcelulares, moleculares e químicos. Cada vez mais, os profissionais da saúde e praticantes se apropriam das evidências científicas para ajudar atletas de elite/subelite/amadores a atingir o desempenho físico máximo e “pessoas comuns” a obter uma saúde melhor por meio do exercício físico. Muitas áreas da prática da medicina esportiva, incluindo testes e avaliações físicas, de desempenho e fisiológicas; segurança e trabalho; correção de problemas de treinamento físico e prevenção de problemas que afetam populações específicas (por exemplo, pessoas idosas, mulheres, crianças etc.), se beneficiam da aplicação da teoria e pesquisa da fisiologia do exercício. A demanda crescente por atletas de todos os níveis, para serem melhores, mais rápidos e mais fortes, combinada com o foco de envolver todas as pessoas em alguma forma de atividade física é patente e necessária e exigirá que os estudiosos da área, e profissionais de saúde com diferentes formações, trabalhem cada vez mais juntos para otimizar o desempenho nos esportes, a aptidão física relacionada à saúde e a segurança para a prática de atividades físicas e esportivas numa sociedade em processo franco de envelhecimento.
Alguns dos principais tópicos nos quais a fisiologia do exercício se concentra incluem:
Sistemas de energia: Refere-se às diferentes maneiras pelas quais o corpo produz energia para a atividade física, como os sistemas de energia aeróbia e anaeróbia.
Respostas cardiovasculares: refere-se à maneira como o coração e os vasos sanguíneos respondem ao exercício físico, incluindo alterações na frequência cardíaca, volume sistólico e pressão arterial.
Respostas respiratórias: refere-se à maneira como os pulmões e o sistema respiratório respondem ao exercício físico, incluindo alterações na ventilação e no consumo de oxigênio.
Fisiologia muscular: Refere-se à maneira como as fibras musculares se contraem e produzem força muscular durante o exercício físico e como se adaptam a diferentes tipos de treinamento físico.
Respostas metabólicas: refere-se à maneira como os processos metabólicos do corpo respondem ao exercício físico, incluindo alterações na utilização de energia, oxidação de substrato e regulação hormonal.
Os fisiologistas do exercício usam esse conhecimento para projetar programas de exercícios físicos que otimizam a saúde, o condicionamento físico e o desempenho físico. Eles também trabalham com atletas, treinadores e profissionais de saúde para desenvolver estratégias para melhorar o desempenho atlético, prevenir e reabilitar lesões e gerenciar condições crônicas como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.
A fisiologia do exercício tem várias aplicações e em vários campos, incluindo:
Ciência do esporte e desempenho: a fisiologia do exercício pode ajudar atletas e treinadores a projetar programas de treinamento e entender como o corpo se adapta ao exercício, levando a um melhor desempenho e a um risco reduzido de lesões.
Situações clínicas: a fisiologia do exercício pode ser usada para ajudar a diagnosticar e gerenciar condições médicas, como doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes. O exercício pode ser prescrito como parte de um plano de tratamento para melhorar os sintomas e reduzir o risco de complicações.
Reabilitação física: A fisiologia do exercício pode ajudar os indivíduos que se recuperam de lesões ou doenças a recuperar força, resistência e mobilidade. Exercícios específicos podem ser projetados para atender às necessidades de cada indivíduo e promover a recuperação.
Saúde ocupacional: A fisiologia do exercício pode ajudar os empregadores a projetar programas de bem-estar no local de trabalho para melhorar a saúde dos funcionários e reduzir o risco de lesões relacionadas ao trabalho.
Saúde pública: A fisiologia do exercício pode contribuir para iniciativas de saúde pública, fornecendo recomendações baseadas em evidências para atividade física, promovendo estilos de vida saudáveis e reduzindo o risco de doenças crônicas.
No geral, a fisiologia do exercício desempenha um papel importante na promoção da saúde, prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida. Suas aplicações são amplas e podem ser usadas em uma variedade de configurações para apoiar indivíduos e comunidades a atingirem suas metas de saúde e bem-estar.
O estudo da fisiologia do exercício pode colaborar com o aprimoramento da aptidão física relacionada à saúde e ao esporte.
A aptidão física refere-se à capacidade do corpo de realizar tarefas e atividades diárias com facilidade e sem fadiga. É um estado de bem-estar alcançado por meio de atividade física regular, nutrição adequada e descanso suficiente. A aptidão física inclui uma combinação de diferentes componentes que contribuem para a saúde e o bem-estar geral. Esses componentes incluem:
Resistência cardiovascular: A capacidade do coração, pulmões e vasos sanguíneos de fornecer oxigênio e nutrientes ao corpo durante a atividade física.
Força muscular: A quantidade de força que um músculo ou grupo de músculos pode gerar.
Resistência muscular: A capacidade dos músculos de sustentar contrações repetidas durante um período de tempo.
Flexibilidade: A amplitude de movimento de uma articulação.
Composição corporal: A proporção de gordura corporal para tecido muscular magro.
A aptidão física pode ser alcançada por meio de exercícios regulares, que podem incluir atividades como caminhada, corrida, natação, ciclismo e levantamento de peso. Além da atividade física, a nutrição adequada é importante para a manutenção da condição física. Uma dieta bem balanceada que inclua uma variedade de alimentos integrais, como frutas, vegetais, proteínas magras e gorduras saudáveis, pode fornecer os nutrientes necessários para uma ótima saúde e condicionamento físico. Finalmente, descanso e recuperação suficientes são essenciais para permitir que o corpo se recupere e se regenere após a atividade física. No geral, a aptidão física é um componente importante da saúde e bem-estar geral e pode ter impactos positivos em muitos aspectos da vida.
Por fim, o estudo do indivíduo humano saudável fornece uma linha de base importante para o estudo da doença. A fisiologia do exercício é particularmente importante porque uma situação de exercício físico oferece uma oportunidade única para estudar como diferentes funções são coordenadas e integradas no corpo humano. Na verdade, a maioria das funções e estruturas são afetadas de uma forma ou de outra pelo exercício físico agudo e crônico (ou seja, treinamento físico). Há um consenso unânime de que o exercício físico regular é essencial para o funcionamento ideal do corpo humano. É evidente que fatores extrínsecos, como hábitos alimentares e de exercícios físicos, se refletem nas estatísticas de morbimortalidade, principalmente no envelhecimento. Tanto indivíduos saudáveis quanto aqueles com doenças crônicas e deficiências funcionais podem melhorar seu desempenho físico e, portanto, sua qualidade de vida por meio do aumento dos níveis de atividade física. A pesquisa epidemiológica estabeleceu que a inatividade física do ponto de vista médico é um fator de risco que ameaça a saúde e um estilo de vida ideal individual e do ponto de vista coletivo e da saúde pública.
