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O Brasil e o processo de envelhecimento de uma nação desigual

O Brasil ocupa a posição de quinto país mais populoso do mundo e passa por um rápido processo de envelhecimento. Essa alteração na demografia está associada ao desenvolvimento aprimorado das tecnologias e educação em saúde com foco, principalmente, na prevenção, longevidade e qualidade de vida. Dessa forma, o idoso contemporâneo possui maior autonomia e independência, uma vez que está ativo para exercer todos os seus direitos em sociedade. Neste contexto, é importante mencionar o conceito de “Envelhecimento ativo” da Organização Mundial da Saúde (OMS) que é o aperfeiçoamento das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. O “Envelhecimento ativo” bem sucedido não envolve apenas o aspecto físico. Também envolve participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de ser fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho. Os eixos do “Envelhecimento ativo” e as questões centrais são aquelas relativas ao Trabalho, a Educação, a Cultura, ao Turismo, ao Lazer, os Cuidados e acesso à serviços de saúde e a Qualidade de vida. Lembrando que a qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais se vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Envolve saúde, educação, expectativa de vida, bem estar físico, psicológico, emocional e mental e elementos como família, amigos, trabalho e emprego. Neste contexto, a pergunta central é:

Como melhorar a qualidade de vida, ou seja, energia física e mental, autoestima, mobilidade física, diminuir o uso de remédios, interação social e sexual, segurança física e recursos financeiros na medida em envelheço e num país tão desigual do ponto de vista socioeconômico como o Brasil?

Dá pra ver que trabalhar os eixos do “Envelhecimento ativo” e qualidade de vida, permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades com autonomia (poder de decisão) e independência (poder de ação) e consequentemente sua mobilidade física (referência) sendo isto um dos eixos centrais para diminuir a desigualdade. Entretanto, o Brasil não está preparado para essa população e o seu progressivo processo de envelhecimento e sofre dificuldades para executar os três pilares essenciais, descritos pela OMS a fim de promover e oportunizar as bases do “Envelhecimento ativo”, ou seja, participação, saúde e segurança. Todos estes elos da engrenagem são ainda muito frágeis em nosso país. Uma das barreiras principais para cumprir esse plano é a disparidade socioeconômica, educacional e de acesso a serviços e cuidados em saúde, uma vez que o Brasil aparece entre os

países com maior índice de desigualdade social do mundo e que a saúde da população idosa de baixa renda perpassa por planos de políticas públicas e compreende uma maior complexidade, tanto no desenvolvimento de doenças, que são mais frequentes, quanto na dificuldade de acessibilidade essencial social e política.

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