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Benefícios e riscos da prática de atividade física por pessoas com epilepsia

A epilepsia é o distúrbio neurológico crônico mais comum no mundo. O tratamento farmacológico é essencial na maioria dos casos para o controle das crises. Entretanto, terapias não farmacológicas, como a prática de atividade física regular, vêm sendo estudadas para o tratamento complementar desse distúrbio. Já está bem estabelecido que programas de atividade física promovem benefícios sobre a aptidão física e a saúde de pessoas com epilepsia.

Contudo, pessoas com esta doença frequentemente são desencorajadas a participar desses programas. Essa relutância origina-se da proteção excessiva dos profissionais da saúde e familiares, pois existe o receio que a prática de atividade física possa predispor a lesões traumáticas ou que a fadiga resultante do esforço físico possa precipitar uma nova crise epiléptica. Evidências científicas crescentes mostram que a prática de atividade física é benéfica para pessoas com epilepsia, havendo poucos achados mostrando o aumento da frequência de crises ou do risco de lesão quando a doença está farmacologicamente controlada.

É preciso destacar que pessoas com epilepsia apresentam baixa participação em atividades físicas e que o processo de envelhecimento pode agravar ainda mais este cenário, pois além de aumentar a predisposição e a prevalência da doença, conforme as pessoas envelhecem elas diminuem seus níveis de atividade física que já, em geral, são baixos principalmente entre pessoas com epilepsia.

Um importante problema nos cuidados da epilepsia é a falta de profissionais qualificados e que saibam manejar o cuidado de pessoas com a doença. Por exemplo, a maioria dos instrutores de atividade física não estão realmente familiarizados com as informações gerais e os procedimentos iniciais a serem empregados ao atender uma pessoa durante uma convulsão e nem a forma de planejar um programa de atividade física para estas pessoas. A melhora desse conhecimento pode contribuir para um adequado tratamento e cuidado.

Para isso, devem ser lançadas campanhas que promovam um maior conhecimento sobre epilepsia para profissionais da saúde na perspectiva do “Envelhecimento ativo e saudável” da OMS. Com instruções e formação específica entre profissionais da saúde e atitudes mais tolerantes em relação à epilepsia é esperado que pessoas com epilepsia “saiam das sombras da sociedade” que é o que infelizmente acontece hoje.

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